Por que tanta rotatividade? O que está errado?
Sabemos que a relação no trabalho mudou, antigamente era normal ficarmos anos na mesma função ou na mesma empresa e o que importava era o salário no final do mês. Nos dias atuais, a preocupação é com o grau de significado em trabalhar naquela empresa e se não estiver de acordo com os nossos propósitos, vale a pena pensar na possibilidade de procurar outro lugar para dedicarmos esforços.
Mas como a gestão pode reter os bons funcionários e retirar a visão negativa do negócio que faz com que os talentos migrem para outras empresas?
Neste sentido, a retenção de talentos tem uma porcentagem estratégica alta na gestão de pessoas e entender que existem custos agregados ao iniciar um desligamento de um talento é fundamental para que a engrenagem funcione.
Além de custos com abertura de nova vaga e contratação de novo pessoal, treinamento especializado, tempo hábil para o novo colaborador se encaixar na cultura e nos processos da empresa, há também o retrabalho e frustração da liderança, pois, quando se perde um talento uma parte do empenho vai junto com ele e existe uma sensação de que o trabalho nunca é concluído.
Será que a sua empresa já parou para pensar sobre as causas da rotatividade e o motivo de perder seus maiores talentos?
Para começar, pode ser interessante rever o grau de satisfação e de motivação da equipe. Conversar com os colaboradores e, procurar entender que todos têm projetos pessoais, além de problemas que enfrentam no dia a dia. Uma liderança próxima e uma relação de verdade que transmita confiança, aliado a um feedback constante ajuda neste processo. Estamos falando que dinheiro não é o ponto principal, mas está agregado em cada profissional sendo uma necessidade básica.
Se a empresa ainda não criou uma política de plano de carreira, essa pode ser uma boa hora. A valorização deste profissional que se importa com o grau de significado e de comprometimento dele com a organização, anda junto quando ele enxerga que há possibilidade de crescimento do seu trabalho. Fazer parte de um projeto importante e sentir os resultados faz com que o profissional “pense com cabeça de dono” e “vista a camisa”, maneira como muitos empreendedores sonham em ver a sua equipe atuando. Funcionários que tem maior autonomia na tomada de decisões tendem a permanecer mais tempo na empresa e de forma fiel.
É claro que junto ao reconhecimento profissional é interessante pensar na política de benefícios e crescimento de carreira, com pagamentos e benefícios agregados, mas, isso não precisa necessariamente ser o foco inicial e de custo mais alto, podendo conversar a respeito à medida que os resultados aparecem.
A liderança precisa estar ciente de que é a chave deste processo e, incluir na sua rotina o feedback construtivo junto com o corretivo, fazer um recrutamento & seleção eficaz, analisando o perfil comportamental, além do técnico; sempre junto aos valores e cultura da empresa.
Aplicar pesquisa de clima eventualmente, ajuda a entender sob a perspectiva da equipe, através de entrevistas e questionários focados.
A empresa precisa ser proativa e não deixar para agir quando já é tarde demais. Pense nisso!